domingo, 26 de março de 2023

Análise Espectral e Transformada de Fourier

 A análise espectral baseia-se na ideia de usar “somas trigonométricas” de senos e cossenos para descrever fenômenos periódicos. Se a série é periódica, a expansão do sinal é chamada de Série de Fourier. Se é aperiódica, a expansão é denominada Transformada de Fourier (ou Integral de Fourier) [1].

A Transformada de Fourier fornece a decomposição do sinal em ondas de frequências distintas, produzindo o espectro. Por ele é possível visualizar o sinal em bandas de frequências, facilitando a análise. Constatam-se, assim, quais frequências e ruídos compõem o sinal [2].

O software Octave possui função interna para converter o domínio do tempo de um sinal para o domínio da frequência, tratando-se da Transformada rápida de Fourier (FFT), que pode ser acionada por fft() [3]. Opcionalmente, fftshift() move a frequência central da FFT para o centro do vetor, facilitando a visualização e análise do espectro [4]. No Python, encontramos as operações equivalentes no numpy (confira abaixo).

O espectrograma corresponde ao gráfico de duas dimensões que relaciona o tempo e a frequência do sinal. Quando a ele se acrescenta a terceira dimensão, como a correspondente à amplitude do sinal (medida em dB), relacionando-a a cores, é possível constatar a energia do sinal ao longo do tempo e respectivas frequências, o que pode ser útil, por exemplo, para esteganografia ou análises de EEG, erupções vulcânicas, terremotos etc. a partir de seus sinais característicos [5] [6].