
Gostei.
O livro é interessante e, por vezes, nos surpreende com as revelações do autor sobre os bastidores do poder.
Imputam-se condutas criminosas e/ou desonrosas a Presidentes da República, Senadores, Deputados, Ministro do STF, e conhecidos personagens da história contemporânea.
O testemunho é consistente e detalhado. Só por isso, a leitura se justifica.
Sarney, entretanto, não só é poupado, como também nos é apresentado como o mais bem-intencionado dos homens públicos. Duvido que o seja.
As "mutretas" da advocacia também estão escancaradas no livro, como revela a passagem do homicida orientado pelo escritório sobre o que deveria dizer à Polícia, por ocasião de sua apresentação espontânea ao Delegado.
Por essas e outras, o autor não está acima do bem e do mal, tal como ele se apresenta.
A obra contém imprecisões, como demonstra, aliás, o artigo de Márcio Chaer, diretor da "Consultor Jurídico", intitulado "Lorotas a granel" (cf. em http://www.conjur.com.br/2007-jun-27/saulo_ramos_reescreve_historia_causa_propria). De qualquer modo, ao final da leitura, deixa a impressão de que o Brasil não tem mais jeito.
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