domingo, 14 de maio de 2017

O ciberataque mundial de 12/5/17

O ciberataque da última sexta-feira surpreendeu pela dimensão (99 países foram atingidos), pela significância de algumas de suas vítimas (Renault, Germany’s Rail Service, Deutsche Bank, Telefónica, Santander, etc.) e pela rapidez com que se expandiu pelas redes corporativas independentemente de ações inseguras dos usuários.

O ataque – do tipo ransomware – ficou restrito ao Windows e pode ter usado a ferramenta governamental de hacking conhecida como “EternalBlue”, que se tornou pública em abril deste ano no vazamento de registros da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA).

Uma curiosidade do caso é que a ameaça foi neutralizada “por acidente”. O vírus continha uma espécie de “botão de destruição” para checar se estava sendo analisado ou rodava num ambiente computacional real. Ele se comunicava com um determinado endereço web não registrado (“iuq...gwea.com”) e recebia um padrão de resposta.  Um blogueiro do Reino Unido, de 22 anos, encontrou o domínio no código e decidiu registrá-lo, sem saber o que aconteceria. O registro alterou a comunicação com o software malicioso e interrompeu o ataque mundial. A história está no link abaixo (em Inglês).

É muito provável que os responsáveis pelo ataque alterem o código do vírus e em breve o acionem de novo.

Usuários domésticos devem atualizar seus sistemas operacionais e usar o bom senso para seguir links e abrir arquivos enviados por e-mails.

O ataque sem precedentes fará com que a Microsoft disponibilize patches de correção para versões antigas do Windows, inclusive o XP, que há algum tempo não recebia atualizações.

Nos ambientes corporativos, a atualização dos sistemas operacionais não é tarefa trivial e envolve diversos outros fatores além dos custos.