quinta-feira, 9 de novembro de 2023

Em breve, nós promotores de justiça compartilharemos nossos próprios GPTs

Quando ingressei no Ministério Público, era comum recebermos dos Centros de Apoio (CAOs) alguns CDs (de 650 MB) com modelos de peças e jurisprudência. 

Com a expansão da Internet e a implantação do portal institucional, a forma de compartilhar conhecimento no âmbito do MPSP mudou completamente. Nossa capacidade atual de fazer o reuso de teses e reaproveitar as peças elaboradas pelos colegas está diretamente relacionada à organização do site e à eficácia do mecanismo buscador. 

Há um “game changing” acontecendo nessa área. 

No evento “DevDay” do último dia 6, a primeira conferência direcionada a desenvolvedores promovida pela OpenAI, foram anunciadas inovações ao ChatGPT que permitirão, mesmo aos não desenvolvedores, criar versões customizadas do bot, denominadas GPTs (Generative Pre-trained Transformers), para tarefas específicas. 

O ChatGPT poderá, agora, se conectar a bases de dados, aprender com dados pessoais e acessar a internet. Não será preciso escrever código para que criemos soluções próprias destinadas a minutar denúncias, alegações finais e outras manifestações... e com o nosso estilo. Esses bots poderão ser publicados numa plataforma – a “GPT Store” – e compartilhados. 

É urgente, portanto, que conheçamos a política de privacidade dessas soluções e que a alta gestão do MPSP se atente ao tema.

Pensando no MPSP como um todo, precisaremos, também, ter em nossos quadros engenheiros de dados (para coletar, preparar e organizar as informações corporativas para treinamento de IAs) e engenheiros de softwares (para implementar as soluções em produção). 

Para saber mais: https://openai.com/blog/introducing-gpts

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