quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Investigação criminal e criptografia

No ano de 2017, o FBI tentou, sem sucesso, acessar 7.775 dispositivos eletrônicos protegidos por criptografia.
Para o diretor da instituição, Christopher Wray, este é um grave problema de segurança pública.
Os Estados Unidos cogitam exigir que fabricantes criem soluções que permitam o acesso de autoridades ao conteúdo de aparelhos encriptados. A isso se opõem as corporações de tecnologia como a Apple, argumentando que tais soluções (backdoors) criam vulnerabilidades que serão, futuramente, exploradas por hackers em prejuízo de seus consumidores.
Investigando o atirador de San Bernardino, Syed Farook, o FBI contratou hackers profissionais para desbloquear o iPhone 5Cs (rodando o iOS 9) apreendido em poder do criminoso. A agência pretendia estabelecer a relação do atirador e de sua esposa com grupos externos.
Sabe-se que, no caso específico do iPhone, a senha de desbloqueio fica armazenada no próprio dispositivo. Após dez tentativas de senhas erradas, o aparelho deleta seu conteúdo. Segundo o Washington Post, os hackers do FBI encontraram ao menos uma falha no iOS e os investigadores teriam conseguido transpor a segurança do aparelho. Não há notícia sobre como o conteúdo foi acessado.

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